Entrou sorrateiro no quarto. Sentiu o perfume, o som da água constante e hipnótico. Enquanto caminhava, ia se despindo peça por peça. Parou diante do box levemente embaçado. Seus olhos se fixaram na silhueta por trás do vidro esfumado. Mordendo o lábio inferior, aproximou-se devagar.

Amália se assustou, mas antes que pudesse reagir, os lábios de Glauco tomaram os seus com urgência e delicadeza ao mesmo tempo.

As mãos experientes dele deslizaram pela pele úmida com desejo contido. Mesmo sob a água morna, o corpo dele queimava.

Ela levou a mão ao peito dele, e entre o calor do beijo e o silêncio da casa, a saudade por sua presença mexia com cada centímetro de seu corpo. Sentimentos que nunca havia experimentado. Sensações que a tomavam por inteiro. Experiências intensas demais para serem explicadas.

Glauco a ergueu com força controlada. Amália envolveu sua cintura com as pernas e se deixou levar até a parede fria do box, o contato fez sua pele se arrepiar. Glauco sorriu, ainda entre bei