Glauco estacionou o carro com calma e caminhou até o restaurante. Assim que entrou, o maître o recebeu com um sorriso nos lábios, havia respeito e gratidão naquela expressão. Ele e o dono do lugar eram amigos desde os tempos difíceis, quando Glauco o ajudara a escapar da falência.
O maître o conduziu discretamente até uma mesa de onde se podia ver Amália, andando de um lado para o outro dentro da cozinha. Ela parecia muito adaptada ao ambiente. Sorria, o rosto iluminado por uma felicidade tranquila. Usava um dólmã branco que lhe caía perfeitamente bem, realçando sua figura entre os outros. Seus olhos pareciam mais vivos ali do que em qualquer outro momento.
Glauco permaneceu ali por alguns minutos, apenas observando. Havia algo nela naquele espaço que o desconcertava, uma leveza que contrastava com tudo que ele vinha enfrentando. Quando sentiu que era hora, chamou o maître e pediu que fosse buscá-la. Queria almoçar com ela.
Mas, assim que o homem saiu, uma lembrança o atravessou: Amál