Laerte respirou fundo, pesando as palavras. Aquilo não era só um pedido, era uma convocação.
Era a primeira vez que Glauco lhe estendia uma proposta de aliança verdadeira. Não uma trégua velada, não uma conversa diplomática. Era um “vamos juntos ou vamos cair”.
— Você está me pedindo pra mexer num vespeiro que pode destruir o que construí. Se isso vier à tona… se descobrirem que acontece nos meus carregamentos... Disse Laerte, cauteloso.
— Estou pedindo que escolha o lado certo antes que esse lado seja destruído. Antes que não haja mais escolha. Respondeu Glauco.
Laerte não respondeu de imediato. Mas naquele silêncio moravam dúvida, raiva e o broto amargo de uma decisão.
— Eu sei que não dá pra derrubar essa gente sem expor o que está por trás. E esse será o preço que terei de pagar... por não ter enxergado o que estava acontecendo. Talvez por ter me aproveitado de situações semelhantes anos atrás, admitiu Laerte, finalmente.
Glauco assentiu com seriedade.
— Estou aqui. E vamos faz