Ao retornar da sala de reuniões, Glauco encontrou sobre sua mesa um envelope.
Não era qualquer envelope. Era idêntico em cor, textura e caligrafia, ao que havia sido deixado sobre a escrivaninha em seu escritório da mansão. Mesmo estilo. Mesmo silêncio.
Glauco afiou os olhos no instante em que o viu. Seu corpo ficou tenso, o maxilar travado como se pressentisse que aquele bilhete não era apenas mais uma provocação, era pessoal.
Segurou o envelope por um momento antes de abri-lo. Dentro, havia um bilhete e dois convites.
Leu devagar, cada linha pesando como uma sentença:
“Nem todos os fantasmas estão enterrados. Alguns continuam negociando. Se quiser saber mais, venha até a festa no cruzeiro Estela Maris. Daqui a dois dias. Traga sua adorável Amália.”
O coração de Glauco parou por um instante. Ele contraiu o maxilar, jogou o envelope, o bilhete e os convites sobre a mesa com um gesto seco. Cerrou os punhos com raiva. Estavam brincando com ele.
Voltou a olhar os papéis, pegando-os novam