Glauco avisou Amália que não viria almoçar, então ela passou a manhã em casa. Teve aula à tarde e, no caminho de volta, ao passar por uma loja infantil, pediu ao motorista que parasse.
Entrou com calma, andando pelos corredores. Tocava as peças delicadas, como se cada tecido lhe despertasse uma lembrança distante.
Seus olhos foram atraídos por um macacão branco, ursinhos cinza dentro de pequenos balões, o tecido era tão macio que a fez sorrir sem perceber.
— Vou levar este. Disse à atendente, que a observava com curiosidade discreta.
— Como será o pagamento? Perguntou a moça.
Amália abriu a bolsa e pegou a pequena carteira. Tirou o cartão preto que Glauco lhe dera, nem se lembrava de tê-lo usado antes. Quando a máquina pediu a senha, ela arriscou digitar seu aniversário… e, para sua surpresa, funcionou.
Naquele mesmo momento, Glauco estava em reunião. Quando viu a notificação do cartão aparecer no celular, levantou a sobrancelha, esquecendo por um instante onde estava.
Amália nunca o