236- "Com ternura."

Laerte desceu da moto, depois de deixar Glauco com Paolo e Amália no hospital. Com passos largos, a calça jeans amassada, a camiseta preta grudando no corpo pelo calor, o cabelo ainda desgrenhado pelo capacete, caminhou até os seguranças cumprimentando-os e entregando o capacete a um deles.

Passou a mão pelos fios, ajeitou a expressão. Caminhou com passos decididos, se aproximou da cela onde Sofia hibernava em silêncio diante da TV, presa a imagens de seus homens sendo algemados, interrogados, suas redes desmoronando.

Ela estava sentada no chão, o rosto gasto, olhos verdes fixos na tela. Quando ouviu os passos, ergueu o queixo. Laerte sorriu sem alegria.

— E então? Zombou ele, observando as bolsas fundas sob os olhos dela. — Como anda o sono?

Sofia não respondeu de imediato. Levantou-se devagar, um vulto pálido do que já fora, a voz fina tentando recuperar a altivez.

— Você não parece bem. Respondeu ela, tentando desviar o golpe com ironia.

Laerte cruzou os braços. Aquelas noites em c
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App