Glauco passou quase uma semana sem sair da mansão, impedido por Amália, que insistia que ele descansasse até receber alta do médico. Não era algo que o incomodava: ao contrário, aproveitou cada momento ao lado dela.
Ele só a deixava sair da cama tarde e depois de amá-la.
Amália, com as bochechas ruborizadas, descia depois do banho e preparava uma bandeja de café. Os dois tomavam juntos, ora no quarto, ora na sala de leitura que ele havia construído especialmente para ela.
Naqueles dias, ela deu folga a Nice e à outra empregada, deixando a casa apenas para os dois. Isso facilitava a vida dele e também atiçava ainda mais os desejos que vinham junto da convivência tão próxima.
Certa manhã, Glauco entrou no escritório sem camisa. Encontrou Amália tirando o pó da mesa, inclinada sobre ela, concentrada na limpeza.
Os olhos dele se estreitaram, escurecendo de desejo ao vê-la naquela posição.
— O que está fazendo? Perguntou, a voz grave.
Ela se virou um pouco, surpresa.
— Apenas tirando o pó.