Paolo os levou até a mansão. Glauco subiu devagar, apoiado em Amália, que praticamente o conduziu até o quarto. Assim que o ajudou a se deitar, pensava em ajeitar os travesseiros e sair para preparar algo leve. Mas Glauco a puxou pela mão, forçando-a a sentar-se na beira da cama.
— O que está fazendo? Ela perguntou, assustada.
Ele não respondeu de imediato. Apenas a puxou para si e tomou seus lábios num beijo urgente, desesperado, que contrastava com a fragilidade de seu corpo ainda marcado pelas faixas.
Amália se apoiou na cama, tentando resistir.
— Você enlouqueceu? Sua costela… ainda não cicatrizou! O repreendeu, tentando escapar.
Glauco sorriu de lado, mesmo entre a dor e o cansaço.
— Estou… completamente maluco. Todos esses dias te olhando naquele hospital, sem poder tocar em você… isso me matou mais que a bala.
— Glauco… me solte, vou fazer uma sopa… Ela insistiu, nervosa, preocupada, mas a voz já tremia.
Ele deslizou os dedos pela nuca dela, firme, a impedindo de se afastar.
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