No meio do quarto, ele a colocou no chão. Mas Amália não o soltou. Seus braços continuaram firmes em torno dele, como se tivesse medo de que desaparecesse a qualquer instante.
Glauco olhou nos olhos dela e viu algo que nunca tinha visto antes: amor puro, desinteressado, que não pedia nada em troca. O coração dele transbordou.
Com carinho, tocou o rosto dela, puxando-a mais para perto. Os lábios dela tremiam, e as lágrimas escorriam, misturando-se às dele.
— Por favor… não faça isso comigo. Ele sussurrou, antes de beijá-la.
— Não posso evitar… Ela murmurou com a voz embargada.
O amor e a paixão os levaram à cama mais uma vez. Ali se amaram com ternura, como se cada gesto fosse uma despedida silenciosa. Depois, exausta, Amália adormeceu nos braços dele, enquanto Glauco permanecia desperto, vigiando o sono dela com devoção.
Na madrugada, ele se levantou em silêncio. Tomou banho, arrumou a mala sem fazer barulho e a deixou perto da porta. Voltou para o quarto, deitou-se outra vez ao lado