Amália, ainda nos braços de Glauco, abriu lentamente os olhos. A cabeça latejava, o abdome doía com uma intensidade desconhecida. O estômago parecia revirar. A visão turva não permitia reconhecer com clareza o rosto acima dela, mas quando a porta do carro se abriu e alguém a puxou para fora, teve um vislumbre: Glauco.
Sua mente girava em meio à dor, queria resistir, ficar acordada, mas aquele perfume tão conhecido e reconfortante a envolveu. Deixou-se entregar ao sono repentino. Agora, entreabriu os olhos novamente, lutando para se manter acordada enquanto o barulho ensurdecedor das hélices se aproximava.
— Fique tranquila… estou aqui… o helicóptero já está chegando. A voz dele soou firme, mas carregada de desespero.
O helicóptero pousou com violência controlada, o vento cortando o ar e açoitando os cabelos dos que estavam no heliponto. Dois socorristas saltaram, abrindo espaço e trazendo a maca portátil. Um deles checou rapidamente os sinais de Amália ainda no colo de Glauco.
— Dor a