O médico deu mais um passo em direção a Glauco, um sorriso discreto surgindo no canto dos lábios, os olhos trazendo alívio.
— Ela está bem. Ainda sonolenta. Teve uma concussão leve e, devido à sua condição, a dor fez com que a pressão arterial caísse. Administramos a medicação, está estabilizada. Deve ficar em observação, mas logo poderá voltar para casa.
— Condição? Glauco estreitou os olhos, confuso.
— O senhor é o quê da moça?
Ele engoliu em seco. — Sou... sou... ela é minha mulher.
— Então será bom conversar com ela quando acordar.
— Posso vê-la?
— Claro. Disse o homem abrindo passagem.
Glauco não esperou outra palavra. Seguiu pelo corredor com passos ansiosos, até parar diante da porta. Por um instante, hesitou. Amália havia fugido dele. Se acordasse agora e o visse ali... expulsaria-o? Mas, fosse como fosse, enfrentaria. Se explicaria. E, ainda que ela não entendesse, não permitiria que se afastasse novamente.
Decidido, girou a maçaneta.
O quarto estava em penumbra, iluminado ap