O homem, tremendo, indicava o caminho com a mão trêmula. Paolo parou o carro a uma certa distância, para não levantar suspeitas.
— Onde foi que encontrou o celular? Glauco perguntou, atento.
— Ali. Disse o homem, apontando para o beco onde a caçamba agora estava vazia.
— Você viu alguém? Ou ouviu algo? Insistiu Glauco.
— Não, senhor... Respondeu ele, a voz baixa.
— Que horas foi isso? Glauco continuou.
— Há menos de uma hora.
Glauco tirou um maço de dinheiro do bolso e o colocou na mão do homem.
— Não conte nada a ninguém. E se eu descobrir que mentiu para mim, vou atrás de você e de sua família. Disse, encarando-o friamente, antes de abrir a porta para que o homem saísse.
Assim que o homem se afastou apressado, Glauco fechou a porta e olhou para Paolo.
— Vamos.
Saíram do carro e caminharam até o beco. O cheiro forte de lixo misturava-se à maresia que vinha ao longe.
A caçamba estava vazia, mas as marcas no asfalto denunciavam que fora arrastada recentemente.
— Ligue e peça para c