A tela iluminou o rosto de Glauco, revelando a mensagem tão aguardada: a planta do prédio, com as saídas de emergência e os túneis que se conectavam à galeria fluvial.
Um caminho improvável, estreito, mas que podia levá-los direto ao prédio e, de lá, ao galpão que vigiavam há horas. Não tinham certeza se Laerte estava mesmo lá, mas era a aposta mais provável.
Glauco levantou os olhos para Paolo.
— Achamos nossa entrada.
A madrugada fria de Nice parecia segurar a respiração.
Eles se abaixaram diante da grade enferrujada que guardava a entrada da galeria fluvial. O som distante da água correndo ecoava pelo túnel, trazendo um cheiro pesado de umidade e ferrugem. Uma corrente grossa selava a abertura.
— O alicate. Disse Glauco, sem desviar o olhar.
Um dos homens avançou, e com um estalo metálico seco, a corrente se partiu sob a lâmina do alicate de corte industrial.
No beco, um pequeno caminhão-baú alugado escondia a movimentação, servindo de cobertura para os homens e para as ferramentas