Minha filha Emily vivia triste porque não gostava das babás que não a cuidavam bem. Meu casamento estava em perigo por causa das minhas inseguranças. Eu não confiava no meu marido que trabalhava muito e estava ausente da família. Mas tudo mudou com a chegada de uma Babá especial que trouxe alegria para nossa filha Emily, e não só a vida de Emily que mudou, mas a minha também, e salvou nosso casamento.
Leer másSabrina e Ana colocam a conversa em dia após mais um dia cansativo de trabalho. E Sabrina estava sufocada, precisava desabafar com alguém.
— Por que você está chorando, minha amiga?
Perguntou Ana.
— Há tantas coisas que não sei por onde começar, mas sinto que estou precisando te contar, você vai achar que é coisa de filme, mas infelizmente não é.
— Diga-me o que aconteceu? Desde que te conheci eu te vejo triste, nunca te vi com um sorriso no rosto. Eu sinto que você está escondendo algo muito sério, seria melhor me contar quem sabe eu posso te ajudá-lo?
— Impossível me ajudar. É coisa minha, é melhor ficar deixar assim, só quero chorar um pouco, será que posso?
— É claro que pode.
— Para falar a verdade, não tenho vontade de contar um segredo meu, que vou guardar comigo. Tem coisas minhas do passado que não vale a pena contar.
O passado é só triste. E dolorosas lembranças que só de pensar fere muito a minha alma. Conheci um rapaz por quem me apaixonei, só que namorávamos escondido.
— Mas por que namoravam escondido?
— Bom, aconteceu em uma pequena cidade do interior onde eu nasci, distante da cidade grande onde eu morava.
— Você pode me dizer o que aconteceu tão sério?
Sabrina respirou fundo, e entre lágrimas contou a sua história. Então, com um lenço, Ana enxugou seus olhos. Foi muito difícil Sabrina abrir seu coração para uma pessoa que pouco conhecia. Mas era a única amiga que ela conhecia.
— Na época éramos muito jovens, ele tinha 19 anos e eu tinha 17.
— Sim, mas e daí qual é o problema namorar jovem? Isso é normal, o que mais acontece aqui na cidade grande.
— Sim, de fato, lá também é normal, só que lá tinha um porém!
— E que porém era esse?
— O nosso amor era proibido, hipótese alguma os pais dele, e os meus pais podiam saber que nós estávamos juntos. Eles jamais iriam concordar
— Hum! Quer dizer que sua família é rica e o rapaz era pobre, era isso? Tipo Romeu e Julieta, coisa assim?
— Mais ou menos, tipo Romeu e Julieta, mas não era em sentido de diferença social. Meus pais até que eram bem de vida, aliás, as duas famílias eram poderosas. Naquela cidade eles tinham domínio de toda a região, além de serem poderosos, eram inimigos declarados. E concorrentes comerciais, e na política.
A cidade tinha 6 mil habitantes, e era dividida por causa da política. De lado um havia um partido do outro lado outro partido. Era uma disputa ferrenha por qualquer pedaço de chão, por cada eleitor em época de eleição. Imagina eu namorando o filho do maior inimigo do meu pai?
— Nossa! Parece coisa de filme? Eu jamais poderia imaginar que no interior acontece essas coisas?
— O pior que acontece. É como eu disse, que se eu contar vai parecer coisa de filme, mas é real.
— Nossa amiga! Mas e daí o que aconteceu?
— Ninguém na cidade sabia que nós estávamos juntos há muito tempo. Só que numa dessas eu estava numa festa de casamento de um primo nosso, bebi demais porque descobri que o Raul, era esse o nome dele. Ia estudar nos Estados Unidos. Ele tinha me falado que era o grande sonho dele, e que a qualquer momento estaria embarcando.
E eu fiquei sabendo quando ele me ligou e disse que assim que conseguisse me ligar, ele ligaria. Então, naquela festa de casamento tudo perde sentido sem ele por perto, e toda vez que eu lembrava dos nossos beijos, e nossos encontros quentes, e toda vez que nós fazíamos amor era uma loucura. Então eu começava a beber, e a beber.
E não parava mais, eu passei mal, e meu pai ficou preocupado, meus irmãos também, e minha mãe. E me levaram para um hospital.
Eu estava desmaiada e apaguei, e quando acordei estava num quarto de hospital, e fiquei confusa sem saber o que estava acontecendo. Na verdade, eu não lembrava de mais nada.
Meus pais estavam preocupados segurando a minha mão. A minha mãe achando que eu estava com leucemia pela minha magreza. Porque ultimamente eu não comia direito. Ela constatou que havia alguma coisa errada, mas jamais passou pela cabeça o que realmente estava acontecendo comigo
— E aí amiga, o que aconteceu?
— Meus pais estavam ansiosos esperando a chegada do médico para saber o resultado dos exames. Quando o médico entrou ficou olhando para todos eles, que estavam na expectativa, minha mãe preocupada achando que eu estava com leucemia, e meu pai querendo saber o que tinha acontecido comigo. O médico fez um suspense.
— Fala doutor, por favor, o que está acontecendo com a minha filha? Disse meu pai.
Pela cara do médico eu vi que a coisa não era boa. Me passou muita coisa ruim na minha cabeça! Será que eu estava doente mesmo? Que eu estava com uma doença infecciosa.
— Fala doutor, por favor, que está me deixando ansiosa, falei para ele. — Ele sentou perto de mim e soltou a bomba.
— Na verdade não sei se é uma boa, ou má notícia!
— Desembucha, doutor! O que a minha filha tem de tão grave? Falou meu pai nervoso.
— Está bem, vamos ao que interessa. Sua filha está grávida de dois meses!
— E ai amiga, o que aconteceu?
— Bom, na verdade parecia que estava acontecendo o apocalipse, meu pai teve um desmaio, passou mal e caiu. Ele ficou uns minutos desacordado, minha mãe levantou da cadeira e ficou olhando pela janela e não falou nada. Meus irmãos também, parecia que era o fim do mundo. Ou a terceira guerra mundial.
QUATRO ANOS DEPOIS… Quatro anos se passaram e Emily com 8 anos de idade já estava bem adiantada em seus estudos, completando o primeiro grau. Para ela havia duas mães, Isabel e Sabrina que continuavam cada vez mais unidas. E por todos os lugares que elas iam despertava olhares curiosos pela semelhanças que tinham uma com outra, embora Isabel sendo ruiva e Sabrina loira de olhos azuis e Isabel olhos verdes. Quando Isabel voltou dos Estados Unidos mudou completamente seu visual se preocupando com ela mesma. A sua relação com Raul e Sabrina era mais estreita, algo que não era mais com a sua mãe Jane que se sentia um lixo de pessoa jogada, não que Isabel não amasse sua mãe? Amava sim, mas que não dava liberdade de sua mãe se meter como fazia quando era jovem. Sabrina e Isabel tinham muita coisa em comum. Uma delas era o amor por Emily e desprezo pelo pai Armando que sofria pela rejeição. Não só pelas duas filhas e sim o desprezo de todos da cidade e principalmente sua família. Após de
Sabrina levou a salada de frutas para Emily que estava ansiosa esperando porque adorava tudo o que Sabrina fazia. Quando Sabrina entrou ela estava deitada emburrada pela demora. E Sabrina tinha que conversar e convencer que estava caprichando na salada. — Xabina, voxê demolou fazer a xalada? — Me perdoe princesa pela demora, é que a minha amiga me ligou e eu vou ter que sair essa noite, você se importa? — Voxe vai xair de novo? — Sim, mas eu volto amanhã bem cedinho. — E eu vou ficar sozinha? — Claro que não, seu pai ligou dizendo que vai chegar logo. — Eba! Então exa noite o papai é só meu? — Sim minha princesa, mas você sabe que vai ter que dormir sozinha hoje, né? — Eu xei, já estou acostumada. — É assim que se fala minha princesa. — Sabrina estava odiando ter que mentir para sua filha, mas era por uma boa causa. Ela não estava mais segurando a emoção de passar a
Eles estavam conversando ainda quando alguém bateu na porta da cozinha. — Xabina voxê está aí? — Os dois não queriam que ela visse eles daquele jeito e tiveram que inventar alguma coisa. — Estou sim minha princesa, estou fazendo aquela surpresa que você gosta! — Poxo ver? — Não princesa, se não daí não é surpresa. Me espere no seu quarto que já vou lá te levar. — Ela constrangida arrumava a salada de frutas para levar para Emily. E Raul puxou ela pela cintura dela abraçando forte e beijando novamente. — Sabrina, você está me deixando louco! — Você também, não imagina como foi difícil fugir do que eu sinto. — É mesmo, sou tão mal assim? Ou acha que sou tarado? Riso. — Pelo contrário, medo de mim mesma de você descobrir meu ponto fraco. — Essa noite quero que durma comigo! — Tem certeza que você quer dormir comigo? — Estou pensando em passar a noite acorda
Sabrina acordou assustada sentindo seu coração bater forte sem entender porque, olhou do seu lado e viu que Emily ainda dormia. — O que aconteceu comigo? Será que foi um sonho? Não pode ser! Eu estou ficando louca, esse homem está me tirando minha razão, o que eu faço quando ele chegar de viagem? Como vou encarar sem dar bandeira que estou caindo de amor por ele? Eram onze horas da manhã Emily ainda estava num pesado sono e Sabrina não conseguiu dormir, estava na hora dela levantar acreditando que Ivone estivesse na cozinha preparando o almoço. Mas ao levantar ouviu seu telefone tocar. Era Ivone enviando uma mensagem dizendo que não ia poder ir naquele dia por problemas pessoais. — Não tem problema, resolva seus assuntos, amanhã você vem. — Sabrina acreditava que estava sozinha, ela e Emily, e começou a fazer uma salada de frutas que Emily adorava. Estava se sentindo livre como nunca havia sentido. E como não havia mais ninguém em casa, continuava
A noite foi maravilhosa para Sabrina que dormiu abraçada com a sua filha Emily. Sim agora ela podia dizer que era sua filha. Embora ela não pudesse contar a verdade para Emily e pensava como faria? Cedo ou tarde isso tinha que acontecer. As duas conversaram muito, Sabrina respondeu todas as perguntas que Emily queria saber. — Xabina porque a mamãe foi viajar? — Ela foi fazer um tratamento para poder andar! — E o papai? — Ele acompanhou ela para ajudar ela se recuperar, mas logo ele estará de volta. Em seguida ela dormiu abraçada em Sabrina que não conteve as lágrimas lembrando tudo o que aconteceu na sua vida. Olhando a Emily abraçada nela custava acreditar que era a sua filha que um dia foi tirada dos seus braços pelas circunstâncias da vida. E agora ela estava com ela finalmente. Era isso que impedia dela admitir o quanto amava o Raul pai da sua filha que descobriu que ele foi tão vítima quanto ela pela guerra estúpida d
Isabel ficou em silêncio por alguns segundos buscando lá do fundo da sua alma a resposta certa que pretendia dar, e ter certeza do que ela estava certa no que sentia, quais argumentos para convencer Raul que ela não amava mais ele. — Ele veio atrás de mim várias vezes, mas eu não quis nem ouvir a voz dele. — Você nunca quis saber porque ele fez isso? — Eu nunca quis saber. E para mim ele faz parte do passado, e por causa dele eu fiquei esses três anos brigando com você sem ter nada haver com as minhas frustrações. E só agora que eu pude entender o tempo que eu perdi por causa dele, mas agora não adianta chorar pelo leite derramado. — Mas eu acho que deveria ter ouvido ele, afinal de contas ele não fez a besteira sozinho, tem sua ex amiga. — Não Raul. Pra mim ele está morto enterrado, por mais que eu tenha amado ele, jamais conseguiria perdoá-lo, e aceitar ele de volta. Não, muito obrigado, mas eu não quero passar o mesmo inferno que e
Último capítulo