Mundo ficciónIniciar sesiónAlguns anos atrás Olívia Irving viveu uma maré de azar sem fim, tudo começou quando sua prima veio morar com ela e sua família, todos fizeram ela abrir mão de tudo que era seu porque a outra não tinha nada, então seu noivo a abandonou no altar, todos passaram a culpar ela porque não pode conquistar o herdeiro dos Jensen, sua prima morreu em um acidente de carro todos pensaram que era responsável porque era muito invejosa, sua avó a ajudou a fugir do país antes de ser presa, mas o noivo da prima era Liam Hawksmoor! Magnata poderoso e cruel. É claro que ele buscou vingança, destruiu toda a influência dos Irving em um ano, eles foram engolidos por sua fúria. Mas isso está no passado, Olívia reconstruiu a vida em outro país, já fazem quase 10 anos agora e a vida tem sido boa e tranquila. Mas por que este cara está aqui? Liam não só apareceu a sua porta, como está propondo casamento! Ela que foi abandonada por todos que já amou, decidiu nunca se casar, Olívia só quer encontrar a sua própria felicidade. Por que isso teve que acontecer, será o azar voltando? Esse cara que sempre foi frio com todos, de repente está agindo como um marido ciumento por ela? Não, é loucura, deve ser algum tipo de vingança, ele exige que ela permaneça ao seu lado como uma esposa apaixonada, que piada cruel do destino! Ele não deveria agir assim, ela é sua inimiga, não? Até quando ele vai manter ela nessa gaiola dourada? Essa Olívia não é mais uma herdeira medrosa e muitas revelações vão mudar a postura desse casal de fachada, será que eles poderão esquecer do passado e viver o presente?
Leer másO brilho dos lustres de cristal ofuscava a respiração. Não era uma luz agradável, mas sim uma cascata fria de diamantes suspensos, refletindo-se nas taças de champanhe e nos broches de esmeralda. O salão de festas dos Hawksmoor, sempre imponente, parecia ainda maior naquela noite. Paredes de mármore polido, cortinas de veludo carmesim e o eco suave de risadas contidas. Um palco, montado ao fundo, esperava pelo anúncio que uniria para sempre os Irving aos Hawksmoor. Uma união de valor e de poder, de tradição e de ambição.
Sob os holofotes frios dos lustres de cristal, Olívia Irving se sentia um item da decoração. Seus longos cabelos negros, mais escuros que a noite sem estrelas, estavam presos em um coque elegante que acentuava a delicadeza de seu pescoço. Os olhos castanhos, normalmente contemplativos, brilhavam com uma mistura de constrangimento e nervosismo contido, a vontade de sair de lá pulsando em cada veia. Ela trajava um vestido de seda azul-noite, desenhado para deslizar em suas curvas discretas, a cor ressaltando a pele pálida e quase translúcida. Ela não era uma mulher de grandes excentricidades, sua beleza residia na simplicidade e na graciosidade de seus movimentos. A cada risada distante, a cada brinde suave, o coração de Olívia batia mais forte. Desde criança, ela sonhou encontrar seu grande amor, como as princesas das histórias, mas uma semana atrás seu noivo, Edward Jensen, fugiu minutos antes da cerimônia. Para seu completo horror e desespero, ele escolheu fugir com a sua namorada da escola a seguir com o casamento imposto pela família, Olívia que estava reclusa em casa desde então foi obrigada pelos pais a vir esta noite. Liam Hawksmoor iria anunciar seu noivado com a prima, Rebeca Irving. A mão dela, delicada e um pouco trêmula, segurava uma taça de champanhe, e ela podia ouvir os sussurros sobre ela e sua tragédia, o frio do cristal contrastando com o calor que irradiava de seu peito. Uma ansiedade avassaladora a envolvia, ela estava pronta para sair dali, depois de ter seu coração partido, pois estupidamente se deixou levar pela ideia de casar com Edward, acreditando na possibilidade de ser feliz ao lado dele, ela só esperava poder ir embora, agora esse clima de amor e felicidade apenas embrulhava seu estômago. Nos últimos meses, a família promoveu muitos encontros com Liam Hawksmoor e sua família, ela admitia, ele era um gato, mas totalmente apaixonado por Rebeca. Todos eram. Rebeca Irving. A prima. A palavra “prima” soava como uma piada de mau gosto. A mente de Olívia trouxe todas as memórias de uma vida roubada. Mesmo esse lugar de noiva, quando começaram a discutir uma união das famílias, pensaram na filha legítima da casa, Olívia. Mas a história ia se repetir, como sempre. Rebeca convenceu de que unir Olívia com Edward era melhor, porque a primogênita não fazia o perfil dos Hawksmoor. Claro, Rebeca faria o "sacrifício" de casar com o Hawksmoor gostoso e bilionário. Naquele dia Olívia perdeu toda a esperança nos pais, quando ouviu Rebeca terminar de falar, ela segurou a respiração e olhou para sua mãe e seu pai, procurando uma reação que seria plausível para entender a troca de noivas, uma pista, uma explicação. Mas eles sorriam. Não um sorriso de surpresa, mas de satisfação. Eles não pareciam chocados com a ideia. Pareciam aliviados. Claro, Olívia não era perfeita em nada, segundo eles. Olhando agora para Liam, o noivo, ele estava impecável em seu terno escuro, a figura perfeita de um herdeiro. As famílias estavam reunidas, as conversas eram baixas, mas as expectativas eram altas. Claro que Rebeca lutaria por esse casamento, o padrão dela era sempre o mais alto, o mais caro, o mais bonito. Então todos caminharam lentamente até o palco para o anúncio. Arthur Hawksmoor, o patriarca da família Hawksmoor, sempre impecável, estava usando um elegante terno escuro, quando subiu ao palco, todos os olhares estavam nele. A sua voz era um trovão suave, enchendo o salão com a gravidade das suas palavras sobre o acordo comercial, fundador da HS Company, estava levando o legado de sua família mais longe do que qualquer um havia imaginado. Ele falava de futuro, de legado, de prosperidade. Olívia sentiu o estômago se revirar em um nó de nervosismo. Esse era o seu destino, assistir o triunfo de Rebeca, como sempre. — E agora, gostaria de convidar ao palco o meu filho mais velho, Liam Hawksmoor, que se unirá a HS, ao meu lado como novo CEO nessa nova era — Arthur concluiu, o salão explodindo em aplausos.A manhã chegou com uma tranquilidade luxuosa. O sol invadiu o quarto através das grandes janelas, filtrado pelas cortinas de seda, pintando o piso de madeira polida com um calor dourado. O ar estava fresco e limpo, carregado com o aroma sutil de cedro e o perfume de Liam. Liam acordou primeiro, sentindo o peso suave de Olívia aconchegada em seu lado a mão dela sobre seu peito. Ele pegou sua mão, os dedos grandes e fortes contrastando com os dela, e observou a aliança em sua mão. O anel Hawksmoor. Desde todo o teatro de Rebeca, Liam realmente pensou que nunca o tiraria do fundo do cofre. Ver seus irmãos felizes e construindo uma família mexeu com suas emoções, a ponto de buscar por meio mundo uma neta, só para realizar o sonho de uma vovó. Vovó Claire. Aquela mulher lhe deu muito mais do que realmente merecia. HOSPITAL NO DIA DA MORTE DE VOVÓ CLAIRE - Por que pediu que Olívia saísse de novo? - Eu... estou indo... - Desculpe vovó... Não posso fazer mais nada, os médicos...
Olívia estreitou os olhos a voz suave e provocativa. É sério, ele não daria descanso nem agora? - Você nem tem coração! - Ah... ele voltou a bater... desde que toquei em você naquele hotel. Estou com saudades... Liv. Olívia sentiu o rubor subir por seu pescoço e bochechas. — De quê exatamente você está com saudades, Sr. Hawksmoor ? — ela perguntou, tentando manter o tom neutro, mas já reconhecendo sua derrota. — Do seu corpo. Do cheiro da sua pele depois do banho. De quando você me implora para ir mais rápido. Dos seus gemidos quando eu te seguro firme... As bochechas de Olívia ficaram completamente coradas. Ela olhou para o bebê, fingindo total concentração na amamentação, embora o coração estivesse acelerado. — Pare com isso, Liam... agora, não é o lugar para esse tipo de conversa...— ela pediu, a voz quase inaudível. Houve um momento de silêncio, as provocações dele. Noah sugava tranquilamente. Ele não vai responder? Ele não parava até vencer seus argumentos, melho
Liam inclinou a cabeça, olhando para o bebê. Sua voz suave enquanto falava com ele. — Eu sou o seu pai, Noah. Liam Hawksmoor. Não sou muito bom com essa coisa de família, mas aprendi muito com a sua mãe. Ela vai cuidar de nós... é aquela ali — ele apontou para Olívia, com um brilho terno nos olhos. —... ela não é só o seu lanche, ouviu? Ela é a mais perfeita e maravilhosa mãe que você poderia pedir. Ele olhou para o bebê com seriedade, a voz suave. — Espero que seja bom para ela. Eu escolhi a melhor mãe que havia para você... Uma risada suave e fraca veio da cama. — Escolheu? — Olívia sorriu, a voz cansada, mas divertida. — Pelo que me lembro, essa gravidez não foi exatamente planejada, Hawksmoor. Liam se virou para ela, o sorriso retornando e o alívio de ver ela falando de novo, cada vez que a via dormir voltava ao momento do parto e a angústia de ver todo aquele sangue. — Detalhes! Desde que você encheu a cara de vinho e se jogou em cima de mim naquele hotel eu dis
Os meses se passaram. Liam estava de partida para uma viagem de negócios inadiável, uma curta ausência que ele já lamentava. Ele estava a caminho do aeroporto, a mente fixada na lista de tarefas que Henry havia preparado. O plano foi desfeito quando o telefone tocou. Era Pete. — Senhor, a senhora não está bem. Está com muita dor. Estamos a caminho da maternidade. Faltavam duas semanas ainda . O bebê ainda não estava no tempo. Ele deu meia-volta imediatamente. O caminho até o hospital foi um borrão de nervosismo. Liam ligou freneticamente para o médico e para os irmãos. No meio do trajeto, Pete ligou novamente, a voz tensa, agora a bolsa de Olívia havia estourado. Ao chegar ao hospital, Liam irrompeu pela ala de maternidade. Ele mal registrou as enfermeiras. Seu foco era apenas Olívia. Ele a encontrou na cama, pálida, os lábios apertados, lutando contra o que parecia ser uma dor intensa. As contrações a atingiam em ondas violentas. Liam correu até ela, agarrando sua mão. — Ol
Tarde da noite no quarto de hospital. As luzes baixas criavam um refúgio de penumbra e silêncio. Olívia estava profundamente adormecida ao lado de Liam na cama, que foi trocada por um modelo maior e mais confortável. Sua mão ainda segurava a de Liam. Henry sentado à frente de Liam, que estava visivelmente mais alerta, embora ainda pálido. — O relatório está completo, senhor— Henry começou, mantendo a voz baixa para não despertar Olívia. - Como estava suspeitando, havia alguém seguindo. — Quem, Henry? — Liam exigiu, sua voz rouca. — Quem atacou? Externo? Henry balançou a cabeça. — Não. Foi a Viviane. Liam piscou, a surpresa cruzando seu rosto. Viviane? A inútil teve a ousadia de atacar. — Ela estava inconformada com o fim do relacionamento, mas principalmente com a sua felicidade no casamento com a Senhora. Henry explicou resumidamente a dinâmica do acidente. — Ela estava guiando o carro sozinha, descobriu o nosso destino. Esperou que você estivesse em um trecho
As palavras de Olívia ficaram suspensas no ar, mas ainda sim. Nada. Exausta, com o corpo dolorido pela noite mal dormida e a mente esgotada, Olívia não conseguiu mais resistir. Limpou as lágrimas apressadamente. Com extremo cuidado, ela subiu na cama e se aconchegou na pequena área livre ao lado de Liam. O calor dele, mesmo adormecido e febril, era um ímã. - Você venceu... vou deixar que descanse mais um pouco. Ela aninhou a cabeça no travesseiro, sentindo o cheiro familiar de sândalo misturado ao cheiro metálico do hospital. Lágrimas silenciosas escorreram pelo seu rosto, molhando a camisola do hospital de Liam. O ritmo constante do monitor cardíaco dele foi o último som que ela ouviu. Por fim, vencida pelo cansaço e pela segurança momentânea de estar em seus braços, Olívia adormeceu ao lado dele. Quase dois dias haviam se passado desde a cirurgia, o monitor cardíaco de Liam continuava a emitir seu ritmo monótono, sem sinais de consciência. Olívia havia passado a maior par
Último capítulo