O quarto estava envolto em uma penumbra suave, apenas a luz do luar entrando pelas cortinas, criando sombras dançantes nas paredes. Luca fechou a porta atrás de nós, e o som do trinco ecoou como um ponto final no caos que havíamos deixado para trás. Ele virou-se para mim, seus olhos escuros brilhando com uma mistura de alívio e culpa.
— Elena — ele começou, sua voz rouca, carregada de emoção. — Eu... eu não deveria ter deixado isso acontecer. Eu devia ter te protegido.
Eu abri a boca para responder, mas ele não me deu chance. Em dois passos, ele estava diante de mim, suas mãos firmes, mas gentis, segurando meu rosto. Seus olhos percorreram meu rosto, como se estivesse memorizando cada detalhe, como se precisasse se certificar de que eu estava realmente ali, inteira, viva.
— Luca, eu estou bem — eu sussurrei, mas ele balançou a cabeça, seus dedos tremendo levemente contra minha pele.
— Não, você não está bem. Você foi tirada de mim, e eu... — sua voz falhou, e ele fechou os olhos por u