Minha consciência voltou em ondas, trazendo consigo uma dor surda que pulsava em cada fibra do meu corpo. Meu crânio latejava, meus músculos protestavam a cada respiração. Quando abri os olhos, a escuridão densa do cativeiro me envolveu. O ar era áspero, impregnado com o cheiro de madeira velha e ferrugem. Minha boca estava seca, minha garganta áspera como se tivesse engolido vidro.
Tentei me mover, mas algo me impediu. Meu corpo estava sentado em uma cama, e meus pulsos estavam presos por cordas apertadas na cabeceira. Meu coração disparou. Instintivamente, testei a firmeza das amarras, sentindo a dor da fibra cortando minha pele.
— Merda — sussurrei, tentando manter a calma.
Meu peito subia e descia de maneira irregular. Olhei ao redor, buscando algo que pudesse me ajudar. A sala era pequena e mal iluminada, com paredes de concreto cru e uma única porta de ferro. Nenhuma janela. Nenhuma escapatória aparente.
— Alguém me tire daqui! — gritei, minha voz ecoando pelo cômodo vazio.
O si