O helicóptero cortava os céus da fronteira entre Suíça e Áustria, mas o interior da cabine era puro caos.
— Está perdendo muito sangue! — gritou Davide, segurando o manche com uma mão e tentando estabilizar a altitude com a outra. — Valentina, pressione mais!
Valentina pressionava a gaze contra o ombro de Enzo, enquanto o sangue escorria entre seus dedos. Ele estava pálido, ofegante, mas consciente.
— Fica comigo! — sussurrou ela. — Você me prometeu uma conversa, lembra?
Enzo esboçou um sorriso fraco.
— Nunca... deixei... de cumprir promessas.
Francesca, do outro lado do fone criptografado, dava instruções:
— A base de evacuação em Innsbruck está pronta. Equipe médica, laboratório e blindagem total. Mas vocês precisam pousar em 10 minutos ou ele entra em choque.
Valentina assentiu, olhando para o horizonte. O mundo abaixo parecia calmo. Mas ela sabia a verdade: a superfície era só a casca da tempestade que vinha.
Horas depois, Enzo estava em uma maca de emergência, recebendo