A floresta em torno de La Guajira, no norte da Colômbia, parecia respirar. Cada folha vibrava com tensão invisível, cada inseto poderia ser algo mais.
Naquela madrugada, a comunidade de Tayrona foi atacada pela segunda vez. Não com bombas. Não com soldados.
Com silêncio.
Insetos metálicos, drones de meio centímetro, cruzaram plantações e esgotos, depositando sensores de rastreamento. Antenas minúsculas em forma de folhas foram encontradas camufladas entre os galhos. Um menino de sete anos foi intoxicado ao beber da fonte antes considerada pura.
As pessoas começaram a fugir.
A guerra invisível havia começado.
Francesca recebeu os relatórios em tempo real.
— As assinaturas de comando não vêm de satélites — explicou ela durante uma videoconferência com Valentina e Enzo. — Vêm de uma rede móvel, descentralizada, com saltos entre torres locais. Eles estão usando uma arquitetura fractal, quase orgânica.
— Inteligência artificial? — perguntou Valentina.
— Não como conhecíamos. É alg