O bunker da resistência em Bratislava era apertado, claustrofóbico, iluminado por luzes frias e intermitentes. As paredes vibravam com os servidores ligados 24 horas por dia. Do lado de fora, a cidade parecia adormecida, mas Valentina sabia que os olhos da PROJETCIO estavam em toda parte — até mesmo nos canais subterrâneos de informação.
Na sala de comando, Francesca girava mapas holográficos de três países simultaneamente: Polônia, Alemanha e Romênia.
— Estações de retransmissão detectadas nessas regiões — disse ela. — São centros secundários do Projeto Atlas, programados para ativar protocolos de contingência caso o Núcleo falhe.
Valentina cruzou os braços.
— Precisamos derrubá-los ao mesmo tempo. Se só um sobreviver, eles podem reiniciar tudo.
Davide se aproximou, franzindo a testa.
— Isso exigiria uma ação coordenada em três países, em menos de 48 horas. Equipamentos, extração e acesso físico. Sem margem para erros.
— Temos aliados locais? — perguntou Valentina.
— Contatos