A neve caía fina quando o avião pousou na base clandestina de Raízes em uma região industrial desativada nos arredores de Zurique. Valentina apertou os punhos dentro dos bolsos do casaco, como se pudesse aquecer também a coragem.
— O servidor-fantasma está localizado em um antigo cofre bancário abaixo do solo da região central — explicou Francesca, apontando para o mapa holográfico. — Blindagem tripla, acesso biométrico, e uma camada de defesa digital baseada em variação de pulsos neuronais. Isso foi desenvolvido a partir de dados de cérebros reais.
— Isso significa que ele pode... pensar? — perguntou Valentina.
— Significa que ele pode responder como se fosse humano. E decidir como um.
A equipe era pequena: Valentina, Francesca, dois especialistas em infiltração digital, um ex-militar da célula de defesa tática de Roma, e um linguista. Este último, necessário para interpretar comandos de IA baseados em morfemas e padrões de linguagem antiga — o tipo de código usado por Veritas pa