Zurique, Suíça.
Isabella Conti estava sentada à cabeceira de uma longa mesa de carvalho, em uma sala de reuniões discreta dentro de um banco privado. Ao redor dela, seis homens de ternos escuros, cada um representando um fragmento da velha guarda que havia servido fielmente a Emil Moretti.
— A estrutura está vulnerável — disse um deles, acendendo um charuto. — Enzo perdeu o controle. E Valentina não é sangue do clã.
— Mas ela tem as chaves — respondeu Isabella, firme. — E Enzo... bem, Enzo não tomará decisões racionais com ela por perto. Ele sempre foi fraco com as mulheres.
Um murmúrio de aprovação correu pela mesa.
— O que sugere? — perguntou outro.
Isabella abriu uma pasta. Dentro, documentos detalhados, gráficos, movimentações financeiras.
— Emil deixou reservas. Contas fantasmas. Investimentos adormecidos. Tudo pode ser reativado. Eu tenho acesso. O que eu preciso é de vocês — apontou com elegância — para consolidar a estrutura. Política, segurança, informação. Em troca,