Milão, dois dias depois.
Valentina deixava um evento de caridade promovido por um dos aliados políticos do clã Moretti. O salão havia sido cuidadosamente decorado, repleto de jornalistas, empresários e figuras públicas. Sua presença, como nova voz da família, era um movimento estratégico: mostrar que o império ainda estava vivo — e sob nova liderança.
Ela caminhava até o carro com Francesca ao lado, quando o celular da segurança apitou.
— Valentina, entre no carro. Agora! — ordenou Francesca.
Sem hesitar, Valentina entrou no veículo blindado.
Segundos depois, o carro estacionado à frente explodiu.
O impacto sacudiu o chão e lançou destroços por toda a rua. Gritos. Correria. Sirenes. Valentina foi jogada para o banco traseiro com a onda de choque. Francesca caiu sobre ela, protegendo-a instintivamente.
O vidro à prova de balas resistiu.
Mas o recado era claro.
Alguém queria Valentina morta.
Horas depois, já na mansão, Valentina sentou-se diante da lareira com o rosto ainda m