O motor da Ranger ainda vibrava quando Paloma estacionou diante da lanchonete. O calor de Cabeceiras parecia mais ameno depois do ultrassom. A lembrança do som firme, compassado, do coração do bebê ainda ressoava em seus ouvidos. Era como uma música secreta que lhe pertencia, capaz de silenciar todas as incertezas que pesavam sobre ela.
Bella estivera ao lado dela durante todo o exame, segurando-lhe a mão quando o médico ajustava o aparelho sobre sua barriga. Ao ouvir as batidas fortes e aceleradas, os olhos da sogra se encheram de lágrimas.
— Esse bebê vai trazer muita alegria para essa casa, Paloma. — dissera, apertando sua mão com carinho.
Na saída do consultório, Bella comentou que gostaria de visitar uma amiga que morava ali perto.
— Vá tranquila — respondeu Paloma, sorrindo. — Vou passar na lanchonete antes de ir para casa. Estou com desejo do café com biscoito de lá.
Bella assentiu, tocando seu braço com ternura.
— Então aproveite. Eu pego um táxi, não se preocupe.
Paloma assis