O dia estava quente, e Paloma havia decidido passar a manhã na varanda dos fundos, onde a brisa era mais suave e o silêncio da mansão parecia abraçá-la.
Estava lendo um livro que encontrara na biblioteca de Dona Bella, mas sua concentração era instável. Entre uma página e outra, seus pensamentos voavam para o bebê, para César, para a solidão que às vezes parecia esmagá-la.
Foi o som de vozes femininas que a tirou do devaneio.
Levantou a cabeça, surpresa, e viu pela janela da sala da frente três mulheres bem arrumadas, cheias de adereços, entrando com passos firmes.
Tinham sorrisos largos, daqueles que escondiam mais intenções do que revelavam. Bella as recebia cordialmente, ainda no hall, como se já estivesse acostumada àquelas visitas inesperadas.
— Paloma, venha cá, querida! — chamou Bella, acenando na direção da varanda. — Venha tomar café conosco.
Ela se levantou devagar, ajeitando os cabelos, e se aproximou. As mulheres a olharam com atenção, da cabeça aos pés, embora disfarçasse