Paloma suspirou, lamentando a teimosia da bomba. Era como se todo o encanto do dia tivesse se dissipado num instante, deixando-a frustrada.
— Não posso lhe oferecer mais nada para o jantar... — murmurou, desconsolada, mordendo o lábio.
Quando ergueu os olhos, encontrou César observando-a de um jeito estranho, quase indecifrável. O brilho enigmático em seu olhar a fez estremecer. Estaria zangado? Mas não era culpa dela. Talvez... talvez fosse apenas desapontamento. E isso, por algum motivo, pesava ainda mais.
De repente, ele pareceu tomar uma decisão.
— Vamos para a minha casa. — Sua voz saiu firme, quase uma ordem. — Darcila pode preparar algo rápido. Traga um biquíni e roupas. Vamos nadar na piscina antes do jantar.
O tom autoritário a atingiu de surpresa. Era como se, em um piscar de olhos, o homem atencioso e paciente da praia tivesse dado lugar novamente ao César Monteiro de sempre, seguro de si, acostumado a ser obedecido. Paloma hesitou.
A ideia de mergulhar na piscina a atraía,