O silêncio entre os dois só era quebrado pelo som da água em volta. O coração de Paloma batia descompassado, como se ela estivesse prestes a atravessar um limite invisível do qual não haveria retorno.
Ela abriu a boca, sufocando uma exclamação. César riu baixinho, um riso carregado de malícia. Ela percebeu que ele tinha dito aquilo apenas para provocá-la.
— Você não presta — murmurou, encarando-o com olhos arregalados.
— Só estou sendo sincero — respondeu, ainda sorrindo. — E você adora isso.
O calor subiu às faces dela. Incapaz de encarar a intensidade do olhar dele, mergulhou de repente, deixando que a água fria apagasse parte do fogo que a consumia. Moveu-se depressa, a pele roçando na maciez líquida, e emergiu do outro lado da piscina, respirando fundo.
Mas César já estava lá. Ele a esperava, rindo, a água escorrendo em gotas que brilhavam sob a luz noturna, transformando sua pele em cobre polido e seus dentes em pérolas brancas.
— Achei que ia fugir de mim tão fácil? — ele provoc