Paloma sentiu um peso estranho no peito e as pernas ameaçaram ceder enquanto se afastava, tentando manter a postura. Apesar do tom irônico com que César havia falado sobre os “rumores”, agora estava claro: ele e Leliana tinham, sim, um compromisso sério. E estavam prestes a anunciar.
Sua garganta secou como se tivesse engolido areia.
Ele a beijara poucos minutos antes, para depois, calmamente, seguir ao lado da outra e formalizar o noivado diante de todos.
— Parabéns, Paloma… você se superou — murmurou para si mesma, num sussurro amargo. — Imbecil. Caiu direitinho. E tudo por um sorriso bonito e um beijo roubado.
Um beijo… O melhor beijo da sua vida. O que só tornava tudo mais humilhante.
A verdade é que nunca tinha se sentido tão atraída por um homem. Não assim, não de forma tão arrebatadora. E justamente por isso se sentia idiota.
Mas uma coisa ela prometeu a si mesma, enquanto erguia o queixo num gesto desafiador: não cairia outra vez. Não permitiria.
Nunca.
Sem sequer lançar um ol