Mais tarde, depois de um jantar simples de sopa instantânea com bolacha de água e sal, Paloma se deitou.
Estava exausta, mas, ainda assim, não conseguia dormir.
Teria sido injusta com César Monteiro? Talvez Charles tivesse exagerado sobre o valor de sua descoberta. Ou, como César havia sugerido, poderia ter feito tudo sozinho, por conta própria. E, afinal, de que forma César Monteiro teria enganado Charles no passado?
Seus sentimentos em relação a ele eram confusos.
No início, sentira apenas hostilidade e raiva; depois, ficou profundamente perturbada por sua virilidade.
Um arrepio quente percorreu sua espinha ao recordar aquele dorso nu e vigoroso, pressionado contra o seu corpo enquanto ele a carregava.
Tocou o pé. Já não doía. Paloma sempre se recuperava rápido de pequenos machucados. Vivia se esbarrando nas quinas dos móveis, mas reconheceu que os cuidados de César podiam ter ajudado.
— César Monteiro tem mãos mágicas... — murmurou para si mesma.
Logo em seguida, jogou um