— Não — ele a interrompeu com firmeza, segurando o rosto dela com as duas mãos. — Não subestima o que você é. Se não fosse por você… eu não teria voltado. Eu vi você, de verdade, e foi diferente de tudo que já vi. Acredite em mim, meu bem…
Ela sentiu os olhos marejarem novamente. Um nó se formou em sua garganta, e por um instante, não conseguiu dizer nada. Apenas encostou a testa na dele, fechando os olhos, inspirando o cheiro quente e familiar de River, tão real, tão vivo.
— Eu tô tão feliz por você estar aqui. Vivo. Bem.
— Tudo graças a você.
Ela sorriu, os lábios trêmulos. Então se afastou devagar, pegando um pequeno controle ao lado da cama. Apertou o botão vermelho que acendia uma luz discreta sobre a porta.
— Vou chamar a enfermeira. Eles precisam saber que você acordou, não vamos deixar ninguém esperando.
River observou o quarto pela primeira vez com mais atenção. Os olhos passearam pelas paredes brancas, as luzes de LED embutidas no teto, os equipamentos eletrônicos que apitav