O silêncio que se seguiu à morte de Atlas não parecia real.
Era um silêncio pesado, carregado, como se o próprio ar estivesse tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Durante um segundo, um único segundo, o campo de batalha congelou. Lobos, raposas, bruxas, todos ficaram ali, respirando o cheiro de sangue, observando o corpo gigantesco do lobo cinzento tombado na neve, já sem vida, sem poder, sem ódio. Agora apenas uma casca vazia e morta.
River ficou sobre ele, ainda em sua forma de supremo, respirando como um animal prestes a cair. O peito subia e descia em golpes irregulares, e o vapor quente escapava das narinas enormes em jatos violentos. O sangue de Atlas escorria pelas garras negras, pingando em linhas grossas que evaporavam ao tocar o corpo quente do Lycan. Mais uma vez o supremo havia triunfado, mais uma vez, a Lua Sangrenta havia vencido, por todos os que se foram antes disso, nas batalhas anteriores pela segurança de todos que já foram ameaçados por Atlas.
Um mom