O choque dos dois monstros ecoou pelos penhascos como um trovão.
O corpo colossal do supremo e o lobo cinzento de Atlas se encontraram no ar, garras contra garras, dentes contra dentes, peso contra peso. O impacto foi tão violento que a terra ao redor explodiu como se tivesse sido atingida por uma bomba, terra suja de sangue voando para todos os lados.
Rolaram juntos, um emaranhado de pelos escuros e cinzentos, sangue e fúria. O rugido dos dois era um som bruto, quase impossível de distinguir quem era quem por alguns segundos. Eles se separaram, escorregando pelo chão, deixando rastros vermelhos por onde passavam.
River foi o primeiro a se erguer.
O corpo de Lycan supremo, enorme, se levantou numa linha firme, o peito subindo e descendo em respirações pesadas. Os olhos vermelhos brilhavam com um ódio que não era cego, era consciente. Do outro lado, Atlas se reequilibrava sobre as quatro patas, o pelo cinza eriçado, as mandíbulas escancaradas num rosnado ensandecido.
Eles se encararam.