O lobo cinzento arregalou ainda mais os olhos. Pelo campo, o rugido da voz do supremo se espalhou como um trovão mental, atingindo cada mente ali.
“Mande seus homens pararem!” As palavras vinham rasgadas, guturais, mas claras.
Vários lobos de Atlas engasgaram com o próprio ar.
Alguns olharam um para o outro, confusos, sem saber se obedeciam ao medo antigo que tinham do rei das montanhas ou ao respeito instintivo que sentiam pelo supremo. Raposas pararam, as orelhas em pé. As bruxas suspenderam os feitiços ofensivos, mantiveram só as barreiras, esperando.
Dentro da cabeça de Atlas, outra guerra começou.
“DÊ A ORDEM!” River pressionou um pouco mais a pata contra o peito dele, sentindo as costelas do irmão rangerem. “Acaba com isso. Agora.”
Atlas riu, uma risada quebrada, desesperada, mas que ainda transbordava arrogância.
“Você acha… que eu vou obedecer você?” A voz veio áspera, com dificuldade, mas o veneno continuava lá. “Você realmente acha que eu vou ver meus homens deitarem como ca