Bruxas ergueram colunas de vento e barreiras de energia, desviando, empurrando inimigos para longe dos mais feridos. Uma das velhas, com cabelos completamente brancos, murmurava baixinho:
— Deusa, o supremo está livre… então que essa noite seja julgada por ti!
No centro de tudo, River continuava parado por um segundo, as patas plantadas ao redor de Lyra, o olhar cravado em Atlas.
Lyra tentou se erguer.
Os músculos tremiam e ela conseguiu, com muito esforço, apoiar as patas dianteiras, tirando a cabeça da neve. O mundo girou um pouco, mas ela ignorou, precisava ver, precisava estar consciente.
O supremo baixou a cabeça, o focinho enorme roçou de novo na lateral dela, um toque rápido, quase uma carícia. Lyra fechou os olhos por um instante, deixando aquela sensação a atravessar. O vínculo queimou, mas de um jeito diferente agora, quente, firme, como se estivesse se recompondo.
“Você voltou…”
Ela conseguiu enviar, a voz mental fraca, mas cheia de alívio.
“Você me chamou.”
Ele respondeu,