Enquanto isso, no salão principal, Atlas ria.
A mesa diante dele estava coberta de taças, carne e tudo o que ele adorava comer, os guerreiros enchiam o espaço com gargalhadas e gritos de vitória.
O trono dele, uma monstruosidade feita de ossos e ferro, brilhava sob a luz das tochas. Não havia nenhuma tecnologia humana ali, Atlas vivia como nos tempos antigos, nos tempos de seu pai e avô, quando os lobos não usavam nada dos humanos.
O ar era espesso, pesado, um perfume de conquista e podridão.
Atlas bebeu de um gole o conteúdo da taça e jogou-a no chão.
— Vocês viram o que eu fiz — disse, a voz alta e rouca. — Nenhum rei, nenhum alfa, nenhum deus me superou. O Supremo é meu escravo, e a oráculo, minha companheira.
Os homens rugiram, batendo os punhos na mesa.
— Ao novo rei das montanhas! — gritaram. — Ao sangue do Supremo!
Atlas se ergueu, o colar pulsando forte contra a pele, mas o sorriso dele murchou por um instante. Uma pontada atravessou seu peito, rápida e profunda.
Ele engol