O eco do grito de Renee, que até segundos atrás todos acreditavam ser Lua, se espalhava pelos corredores de pedra como um canto profano, atravessando o chão, as tochas, o ar sufocado pela fumaça das lamparinas.
Atlas ainda a segurava, os dentes cravados no pescoço delicado, o sangue escorrendo pela boca dele. A plateia de lobos aplaudia, extasiada, sem perceber o que realmente acontecia, o ritual completo, a cerimônia da marca, a promessa de uma união forjada à força.
Mas algo quebrou.
Literalmente.
O som veio como vidro estilhaçando no ar. Uma onda de energia explodiu do corpo de Renee, empurrando o próprio Atlas para trás. Ele tropeçou, cambaleando, a mão indo direto ao colar verde preso no peito, o objeto vibrou, pulsando com uma luz irregular, como se algo tivesse se partido dentro dele.
Os símbolos no chão começaram a brilhar, prata viva correndo em direção às bordas do círculo. A magia que sustentava o glamour começou a morrer.
Renee caiu de joelhos, ofegante, o corpo estremec