As duas se entreolharam, e o pavor aumentou, sabiam o que significava “liberdade” na boca dele: um corpo frio jogado no mato.
Jully, a mais nova, tinha cerca de 21 anos, deixou um sussurro escapar, erguendo os olhos molhados para ele, por mais que aquela vida não fosse boa, não queria morrer assim.
— Por favor…
Atlas sorriu de lado, um sorriso frio.
— Mas… — Atlas continuou, a boca quase encostando na orelha de Jully — se me satisfizerem como devem... quem sabe eu mude de ideia.
Então, o alfa soltou a corrente que ligava as duas e se recostou num tapete de pele estendido sobre o chão de terra batida. O peito largo exposto, coberto de cicatrizes, subia e descia num ritmo lento, como se ele saboreasse o medo das duas.
— Venham.
Cecile, a mais velha das duas, hesitou, mas quando Jully se mexeu primeiro, arrastando os joelhos até Atlas com o corpo encolhido de medo, ela foi atrás. As mãos dela tremiam quando se apoiou nas coxas dele, e os olhos vermelhos dele brilharam, famintos.
Jully