O caminho de volta para a Lua Sangrenta foi silencioso.
Lua andava entre os pais, os guardas fechando o grupo em um círculo apertado. As lanternas iluminavam o chão úmido da floresta, mas cada sombra parecia observá-la. Ainda sentia nas mãos o calor do sangue da fera, o olhar vermelho gravado na mente, mas não teve coragem de abrir a boca.
River não tinha dito uma palavra desde que a encontrara e, quando atravessaram os portões da alcateia, o peso caiu de uma vez. O som dos uivos de alerta cessou, mas a tensão permaneceu, Lyra caminhava ao lado da filha, uma das mãos firme em seus ombros.
No salão principal, quando finalmente ficaram a sós, River se virou de repente, os olhos vermelhos do que Lua achou ser pura irritação.
— Você enlouqueceu? — a voz dele não foi alta, mas dura de um jeito que Lua nunca tinha ouvido. — Saindo sozinha no meio da noite? Fugindo pela mata quando um alfa louco está vindo te caçar? No que está pensando, Lua?
Lua abriu a boca, mas não teve tempo de respond