— Ricardo.
O amigo se virou, um sorriso despreocupado no rosto.
— Ah, Joaquim! Estava só conhecendo sua funcionária. Muito simpática, por sinal.
Joaquim fez um gesto brusco com a mão, afastando Ricardo com um leve empurrão no ombro, e encarou Alina.
— Vá para dentro, Alina. Agora.
A voz dele era baixa, mas havia uma firmeza gélida que não permitia discussão. Alina ficou paralisada por um segundo, constrangida e sem entender o motivo daquela explosão. Engoliu em seco e deu um passo para trás, murmurando um "com licença", antes de virar e caminhar de volta para a casa.
Ricardo, ainda meio surpreso, olhou para Joaquim.
— O que foi isso, cara? Eu só estava conversando com ela.
Joaquim ignorou o tom descontraído e cravou os olhos nele com um brilho ameaçador.
— Apenas... fique longe dela.
Ricardo ergueu as sobrancelhas, confuso, mas sem contestar. Porém, antes de se afastar, seguiu Alina e, sorrateiro, puxou do bolso um cartão.
— Aqui. — Entregou discretamente o cartão para ela.