O rosto de George ficou ainda mais fechado, com um tipo de frieza dura, quase desprezo.
— Valentina, me responde, o que foi mesmo que eu te disse antes de viajar a trabalho, hein?
Eu permaneci em silêncio, só mordendo o lábio.
Sem paciência para o silêncio, George apertou meu queixo com tanta força que doeu de verdade.
— Eu avisei, falei para você não fazer nada que me deixasse irritado. Você jurou que ia obedecer e, no fim, fez tudo do seu jeito. Sabe, Valentina, não é só teimosia, você gosta mesmo é de mentir. — Seu tom foi ficando cada vez mais baixo, e cada palavra parecia um soco.
Senti meu orgulho sendo esmagado a cada frase. Aquele uniforme ridículo de empregada nem me dava nenhuma proteção. Tentei cobrir o peito, com os olhos já cheios da água, tentando me recompor.
— Por favor, não faz isso comigo. — Pedi, com a voz saindo quase sem força.
— Não fazer o quê? — Ele indagou, com o olhar carregado de raiva. — Você sobe no palco, dança daquele jeito, se veste assim... Vai dizer q