Bruno sorriu com tristeza, e seu riso foi, aos poucos, diminuindo até desaparecer por completo.
Instintivamente, virei o rosto para olhar e vi que ele já havia fechado os olhos e perdido a consciência.
Gustavo limpava calmamente o cano da arma.
Eu o observei com o corpo todo tenso, temendo que, no segundo seguinte, ele apontasse a arma para George.
Talvez ele tenha percebido minha apreensão, pois me lançou um sorriso leve:
— Por que está tão nervosa? Já que eu apareci pessoalmente, não será eu quem vai tirar a vida do George. Afinal, matar ele também me causaria problema. A princípio, minha intenção era resolver isso pelas mãos do Bruno. Quem diria que ele ia enlouquecer a ponto de tentar violentar você?
— Então vai deixar a gente ir embora? — Minha voz soou tensa quando perguntei.
Gustavo apenas sorriu, sem responder. Se inclinou e pegou a faca que Bruno tinha deixado cair no chão.
A lâmina ainda estava manchada com o sangue do George, o que a tornava especialmente chocante.
Brincando