Em meio ao caos, a voz grave de George ecoou ao meu lado.
— Sim, eu não consigo proteger ela. Por isso, agora estou confiando ela a você. Leve ela embora, leve ela em segurança até o centro da cidade. Não se preocupe comigo.
Ao ouvir aquilo, meu coração se apertou de desespero. Balancei a cabeça com urgência:
— Não, eu não quero isso, George, eu quero ficar com você.
Ver aquele homem em um estado tão debilitado fazia meu coração doer profundamente.
Com lágrimas escorrendo sem parar, olhei para Gustavo, tentando implorar que ele salvasse George. Mas Gustavo deliberadamente evitou meu olhar.
Com os olhos baixos, ele caminhou silenciosamente em minha direção, com uma expressão um tanto fria.
Fiquei ali, paralisada, sem conseguir dizer uma só palavra.
Ele parou diante de mim e sorriu levemente:
— Valentina, então você realmente não se lembra de mim, não é?
— Não me lembro, não me lembro... Não lembro de nada da infância. — Chorando com a voz embargada, supliquei. — Gustavo, se nós fomos am