Foi nesse momento que ouvi, atrás de mim, uma voz familiar. Uma voz que eu não escutava fazia tanto tempo.
Meu coração deu um leve salto e várias memórias vieram à tona.
O garoto de camisa branca que me levava de bicicleta para a escola. O mesmo garoto que usava uma folha de rascunho para me explicar aquela questão de matemática que eu tanto odiava. O garoto que, sabendo que eu estava de TPM, esquentava o iogurte gelado que eu queria, só para eu não passar mal. E aquele garoto que, no dia em que anunciei meu casamento com o George, olhou para mim com os olhos avermelhados e perguntou se eu realmente precisava me casar.
Lembranças felizes, doces... E cheias de arrependimento.
Tudo isso, no entanto, virou pó, se dissolvendo no ar.
Meu coração, que antes parecia balançar, voltou ao seu lugar e ficou tranquilo de novo. Quando me virei, vi o Bruno.
O gene da família Fonseca, de fato, era impressionante. Tanto George quanto Bruno eram homens de tirar o fôlego.
George, com sua frieza e postur