Minutos depois, Alis ouviu passos suaves se aproximando. Seu coração disparou. Sentou-se devagar, ajeitando a manta sobre as pernas. Por um momento, duvidou da própria coragem. E se Lucas Jr. chorasse ao vê-la? E se não a reconhecesse? Afinal, ela era só a tia... a sombra da mulher que deveria ser a mãe dele.
A porta se abriu devagar, e Lucas entrou com o bebê cuidadosamente aninhado nos braços. A visão quase fez Alis chorar.
Lucas Jr. dormia profundamente, os cílios espessos pousados como asas contra a pele rosada. Os cabelos escuros e levemente ondulados lembravam os de Liz, mas havia algo no semblante dele — a calma, talvez — que Alis ousava acreditar ser dela.
— Ele está crescendo rápido... — disse Lucas, aproximando-se da cama. — Está mais calmo agora. Acho que sentiu a sua falta esses dias.
Alis estendeu os braços, hesitante. Lucas depositou o bebê com delicadeza em seu colo. Ao senti-lo tão perto, o calor, o cheiro de leite e talco, a suavidade daquele corpinho adormecido... fo