— Ah, Lucas... obrigada, você é muito gentil... obrigada... - disse ela, ao receber a xícara de chá.
— É só chá com torradas, Liz! — respondeu Lucas, sorrindo. Mas ele sabia que, para ela, aquilo significava muito mais. Pequenos gestos de solidariedade e carinho podiam ter um peso imenso para alguém que não estava acostumada a recebê-los.
— É bom estar nesta casa... — Alis hesitou, olhando ao redor. — Quero dizer, fora do hospital, sabe...
Ela não sabia por quanto tempo ainda ficaria ali, mas queria aproveitar cada momento — especialmente a companhia de Lucas. O marido de sua irmã, sentado ali ao seu lado, olhando para ela com atenção, era tudo o que Alis sempre sonhara quando ainda era apenas uma menina: um marido atencioso, carinhoso, disposto a protegê-la.
Irmã Agatha costumava lhe dizer que ideias românticas não a ajudariam em nada, e que ela precisava mudar, tornar-se mais forte, mais dura. Mas, quanto mais ouvia aqueles conselhos, menos capaz se sentia de cumpri-los. Na presenç