– Você escutou isso? – perguntou Lucas, já abrindo a porta do carro. No segundo seguinte, saiu correndo em direção ao galpão, ignorando completamente os alertas de Alex.
– É a voz da Alis, eu sei que é!
– Tudo bem, amigo, mas você não vai entrar lá sozinho! Vamos esperar pelos reforços! – disse Alex, segurando-o pelo braço.
Antes que pudesse convencê-lo, Lucas se desvencilhou e disparou em direção ao galpão.
– ALIS! ALIS!!! – gritava ele, desaparecendo pela escuridão do lugar.
– Maldito ricaço mimado... – murmurou Alex, frustrado, puxando sua Colt automática, calibre .38, com pente de 10 balas, debaixo do paletó.
Para a surpresa de Lucas, quem estava ali não era apenas Brade, mas também Amélia — com uma perna enfaixada, vestida com o macacão cinza de presidiária. Olheiras profundas e cabelos desgrenhados apagavam qualquer vestígio da antiga socialite refinada.
Brade agarrou Alis pelo braço e encostou o cano do revólver em sua têmpora.
– É melhor não dar mais um passo ou estouro os mio