Elara*
Tratamos de enterrar os corpos de Draco e Calie na velha cripta da família Midas. Cassian quis que fosse assim uma espécie de respeito silencioso entre ruínas e mágoas.
Mesmo com o ódio que ainda queimava em seu peito, eu vi como aquilo o feriu. O peso que ele carregava era quase visível, como se as lembranças fossem uma corrente presa ao corpo.
— Não há nenhum lupino aqui — Lúcia disse, enquanto voltávamos para casa.
— Checamos todo o lugar. Não tem nada. Tudo o que um dia foi a casa Midas parece ter ruído. — Engoli em seco.
— Cassian me disse que Draco falou que alguns lupinos foram embora. Tem ideia de onde possam ter ido? — perguntei.
Ela pareceu pensativa por um momento, a voz firme quando respondeu:
— Não acho que estejam longe. E sei que, se souberem que Cassian vive, eles voltarão.
— Isso seria bom. — Ela assentiu e me fitou com um olhar quase calculado.
— Mas o melhor seria usar o que você tem nas mãos, Elara.
Me empertiguei, já prevendo para onde ela iria.
— O que ex