Elara*
Cassian recebeu todos os lupinos de volta à casa Midas. O lar que, no fundo, nunca deveria ter sido abandonado.
Aquela noite foi de celebração — fogo, risos e vinho, uma breve trégua antes do caos.
Eu acordei com o calor de sua mão acariciando meu rosto. Abri os olhos devagar, e o encontrei me observando, um meio sorriso preguiçoso nos lábios.
— Você fala enquanto dorme, sabia? — murmurou, a voz grave e baixa.
— Sabia. — sorri sonolenta. — Era um hábito da infância... achei que tivesse passado.
Ele se inclinou, roçando os lábios em minha bochecha.
— O que eu estava dizendo exatamente?
— Coisas indecentes. — respondeu contra minha pele.
— Eu não digo coisas indecentes... — sussurrei, e ele sorriu, aquele sorriso que prometia perigo.
— Diz sim. Ficou chamando meu nome, várias vezes. — a voz dele desceu como um sussurro rouco, enquanto os lábios passeavam pelo meu pescoço.
Soltei um suspiro, sentindo o corpo reagir antes da mente. Ele se moveu sobre mim com uma calma provocante, o