Cassian*
O mundo parecia ter parado no instante em que aquela estaca atravessou meu peito, quando a água me arrastou para longe, carregando o pouco de vida que restava em mim. Meus últimos lampejos eram apenas vislumbres distorcidos de dor, tortura e sombras que me perseguiam sem cessar. Anos de sofrimento, de esquecimento, de me perder de mim mesmo.
Mas, naquele momento, quando meus lábios tocaram os de Elara novamente, tudo mudou. Era como se, de repente, o caos tivesse encontrado um eixo. Ela era a razão. Sempre fora.
Ter seu corpo colado ao meu, sentir sua respiração contra a minha, era como arrancar um pedaço da eternidade que me foi roubada.
Pela primeira vez em anos, eu não estava sonhando. Pela primeira vez, ela não era uma alucinação da minha mente doente.
Ela estava ali. Real. Em meus braços. E eu não a soltaria de novo.
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Elara*
Eu não ousava me afastar dele. Seus braços me prendiam com força, desesperados, e eu não queria fugir. Não queria sair dali.
Castor e Lúcia se ap