Elara*
Meus olhos marejavam, o coração disparado como se fosse explodir dentro do peito. Corri cambaleando até ele e caí ao seu lado, sem conseguir conter o tremor que tomava meu corpo. Minhas mãos encontraram seu rosto, quente e suado, seus olhos ainda se abrindo devagar, pesados, como se lutassem para voltar à vida.
Suas mãos trêmulas estavam contra o peito, o corpo encolhido em posição fetal. Um aperto esmagou meu coração.
— Cassian... Cassian... Consegue me ouvir? Consegue me ver? Ei... sou eu... Elara. — toquei seu rosto com carinho, quase implorando.
Ele estremeceu, sacudindo a cabeça em confusão, como se estivesse preso em outra realidade. O medo me atravessou inteira: e se ele tivesse me esquecido? Se não lembrasse meu nome, quem eu era?
— Cass... por favor, fale comigo. — minha voz quebrou, desesperada.
Continuei tocando seu rosto, insistindo em puxá-lo de volta para mim. Até que, de repente, ele se sacudiu com violência, a cabeça batendo no chão. Meu corpo se enrijeceu, e o